A Dor do Poeta
Maria da Gloria
É preciso sentir a dor do poeta
Para então compreender sua vida incerta.
Vida de tristezas e desesperanças
Coisas guardadas nas lembranças
De quem perdeu um grande amor,
Da saudade de seu calor.
É preciso sentir a dor do poeta,
Para então compreender sua vida incerta.
Quando olha as estrelas no céu,
E vê o brilho que não mais existe em seu eu
No silencio aflito que não fala,
Pois a alma se cala.
É preciso sentir a dor do poeta,
Quando se vai a joia de seu relicário.
Como as estrelas no céu cintilando,
Certamente lá também está brilhando
Aquela joia, pedra lapidada.
Pelo poeta tão amada.
É preciso sentir a dor do poeta,
Para compreender sua vida incerta
Quando caminha entre os abrolhos,
Quando as águas caem dos olhos
Expressadas no silencio calado
Suporte da alma e por vezes cansado.
É preciso sentir a dor do poeta,
Quando quer partir,
Para bem longe seguir
Sua caminhada incerta.
É o destino do poeta.
É preciso sentir a dor
Quando se perde um grande amor.
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