Cadê Mamãe? Cadê Papai?
Maria da Gloria
Quantas meninas ao léu,
Sem o véu da inocência,
Inocência? Qual nada,
Vivem soltas, largadas,
Como se nada fosse importante
Neste mundo errante.
As brincadeiras de bonecas,
Casinha, comidinha, que inha, que nada,
O negócio é namorar, deixar a vida levar.
Para onde quiser
E virar logo mulher.
Começando cedo, ou quando?
Quando quiser.
Com doze anos já pode ser mulher
De um qualquer!
Cadê mamãe? Cadê papai?
Sabe-se lá,
Por aí em qualquer lugar.
Separados de preferencia,
Sem nenhuma interferência
Na vida da menina.
Que menina?
As brincadeiras de bonecas,
Casinha, comidinha, que inha, que nada,
O negócio é namorar, deixar a vida levar,
Para onde quiser, e virar logo mulher
De um qualquer.
Diz os “entendidos” da saúde
Que virtude já era,
O negócio é começar a namorar
Quando quiser. Desde cedo
Virar logo mulher de um qualquer.
Cadê mamãe? Cadê papai?
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